Postou 09 novembro 2006 - 22:21
Muito obrigado.
Obrigado a todos pelas dicas, pelo acolhimento que recebemos no OF e agora por estas palavras e apoios.
Seria estranho e até incompreensível a algumas pessoas entender como vocês se importaram com o que aconteceu, mesmo sem conhecerem o Luciano.
Mas se essas pessoas os conhecessem pessoalmente, como eu, digo nós, e sentissem o clima de fraternidade entre os participantes do encontro passaram a entender. Vocês são muito “dez”, como diria o Luciano.
Inicialmente nós ficamos um tanto acanhados de expor nossa intenção, sabe para não querer aparecer. Isso explica o fato de alguns não ficarem sabendo o que aconteceu, mas depois acabamos por contar a historia, não sei se da maneira correta, pois foram mais ou menos desajeitadas as minhas palavras no momento.
O fato é que fomos muito bem recebidos por todos, acredito também que não seria diferente se a situação não fosse esta. Digo isso pelo pouco que conheci de vocês.
O que foi mais difícil para nós, foi o que o Wellingtonf disse, era imaginar o Luciano ali no meio de vocês todos.
Não sei explicar porque o Luciano não tinha um contato ativo com o clube, mas posso afirmar que ele conhecia e consultava o site, não sei se ele conhecia o fórum, que é onde realmente as coisas acontecem....tanto é que ele tem uma camiseta do CCB.
Como tudo isso veio à tona desta maneira vou contar um pouco com era o Lu, que era como o chamávamos.
Ele era muito técnico, formado em Técnico Eletrônico, atuava na área industrial e de telecomunicação era detalhista e aplicado. Como o conheci ainda menino, posso afirmar que sempre foi um bom filho, as vezes um pouco estourado, exigente, mas nada que não se considere normal. Era difícil dizer não as pessoas quando lhe solicitavam alguma coisa, instalar uma tv, arrumar um radio e principalmente para mexer em algum carro.
Era de vizinho, de amigo, parente, até o meu.
Perdi as contas de quantos computadores de bordo da GM ele deu um jeito.
Para ele melhor que GM só Opel ou marcas do tipo BMW. Coitado de mim quando comprei um Palio, foram meses de: “eu avisei”, “não te disse”, depois passou a ladainha, mas era impossível ele esquecer do Fiat. Uno era “berne”, Escort Hobby era “boby” e assim ia...
O primeiro carro que ele comprou foi um Kadet GS, depois trocou por um GSi, passou um tempo Vectra GSi, todos impecáveis. Passou um tempo namorando Calibras, também perdi a conta de quantos fomos “ver” juntos, até que encontrou o carro que queria e não teve duvidas. Imaginem a alegria no menino. O carro, ele já conhecia, era único dono, e o foi colocado à venda em uma loja em Jundiaí. Ai foi um casamento que dura até agora.
Os apelidos do carro, eram muitos, mas o que acho que combinava era “Samambaia” não que não utilizasse o carro, mas era que estava sempre ali limpo, enfeitando a garagem. Mas se pudesse evitar usar não tenha duvida que ele evitava. Não me lembro onde li aqui no fórum que alguém limpava a canaleta com cotonete, bom o Lu, fazia isso. Melhor situação para ele foi quando a namorada comprou um carro, pronto, ele não precisava mais ir pra balada com o dele.
Também não era exagerada, essa febre, quando aconteceu a fatalidade, acredito que ele estaria utilizando o carro, pois era noite, tempo de chuva, mas o carro havia quebrado há um mês e ele não quis usar o carro do pai, foi de moto, ai infelizmente aconteceu.
Bom resolvi escrever tudo isso para de certa forma mostrar o quanto ele gostava do carro, para vocês entenderem nosso ato.
Agora como ele se foi fisicamente, o carro ficou, e nós sentimos que ele gostaria que continuássemos a cuidar dele.
Hoje mostrei a Helena, mãe do Luciano, o que vocês escreveram, ela ficou muito emocionada, eu e a Deise, irmã do Luciano também. Agora vamos fazer a associação, e levar este “ideal” de calibreiro pra frente.
Por que afinal de contas o carro realmente é ótimo. E com esse clube é fantástico.
Mais uma vez, muito obrigado.
Desculpem pela “carta”.
Alexandre.