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Tóquio Registra Nível De Radiação Acima Do Normal


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37 respostas neste tópico

#1 W

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Postou 15 março 2011 - 09:15

Tóquio registra nível de radiação acima do normal nesta terça-feira
Elevação no índice ainda não prejudica a saúde da população.
Ventos soprando da região da usina nuclear atingem até 3 m por segundo.
Do G1, com agências internacionais

A prefeitura de Tóquio registrou na manhã desta terça-feira (15) um nível de radioatividade levemente superior ao normal. De acordo com as autoridades locais, no entanto, a elevação no índice não oferece qualquer risco para a saúde humana.

"Registramos um nível de radiação superior ao normal esta manhã em Tóquio", declarou o responsável da prefeitura da capital japonesa, Sairi Koga, acrescentando que "não se trata de um índice suficiente para afetar a saúde humana".

A capital japonesa vive um dia de expectativa pela eminente possibilidade de ventos soprando da região da usina nuclear levarem radiação à cidade nesta terça.

Os ventos, que podem estar carregados de componentes radioativos, se movem a uma velocidade de cerca de 2 a 3 metros por segundo, de acordo com a Agência Meteorológica do Japão. A previsão é de que a velocidade do vento aumente na quarta-feira (16), soprando de 3 a 5 metros por segundo em direção ao Oceano Pacífico.

Mais cedo, a embaixada francesa no Japão alertou que uma nuvem radioativa pode atingir Tóquio no prazo de 10 horas, levando em consideração a velocidade atual dos ventos. O comunicado pede que os cidadãos franceses na cidade não entrem em pânico e fiquem dentro de suas residências, com as janelas fechadas.

O porta-voz do primeiro-ministro do Japão, Yukio Edano, admitiu nesta terça-feira (15, horário local) que o nível de radiação na área da usina nuclear de Fukushima está "perigoso" para a saúde da população.

Pouco antes, o premiê japonês, Naoto Kan, já havia informado que um incêndio que atinge o reator 4 fez a radiação subir "consideravelmente". Ele ampliou a área de alerta radioativo na região da usina para 30 km.

Por volta das 6h20 (horário local), uma explosão atingiu o reator 2. Ela pode ter danificado o reservatório de supressão, informou a Agência de Segurança Nuclear e Industrial, citando relatório da Tokyo Electric Power Co., operadora da usina. O teto do prédio do reator foi danificado, e havia vapor saindo dele.

A Tokio Eletric Power informou após a explosão que níveis de radiação quatro vezes mais altos foram medidos na província de Ibaraki, ao sul da usina, entre as províncias de Fukushima e de Tóquio.

O operador da central nuclear de Fukushima 1 anunciou a retirada de seu pessoal da área do reator 2, exceto pelos funcionários encarregados de bombear água para refrigerar o sistema em colapso.
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#2 Lambertuccho

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Postou 15 março 2011 - 12:07

Isso logo logo será uma Chernobyl! A cada dia que passa está mais claro!

Sou a favor de não termos mais usinas nucleares no mundo! Pois um desastre natural deste, imprevisível, poderá contribuír ainda mais com o número de mortes.
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#3 Puppets

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Postou 15 março 2011 - 12:21

Qualquer método de obtenção de energia elétrica tem seus impactos.

Usinas hidroelétricas precisam alagar área imensas, afetando flora e fauna da região. Fora que quando uma barragem rompe, os estragos são absurdos.

Turbinas Eólicas, além de baixa eficiência ( geram poucos MW ), afetam a fauna. Procurem no Youtube o vídeo "Wind turbine + bird ) e veja um exemplo do que to falando: pássaros são atraídos pelo barulho da turbina e são acertados pelas imensas pás e morrem.

Energia Solar: Custo elevado e baixa eficiência. Aplicação apenas domiciliar e mesmo assim muito limitada. Enquanto não tivermos meio de armazenar a energia de forma rápida e eficiente, a energia solar ficará muito defasada em vantagem.

Usinas térmicas consomem petróleo e/ou carvão, matérias primas não renováveis e com liberação de gases que contribuem para o aquecimento global.

As usinas nucleares usam o mesmo princípio de conversão da térmica: vapor gira a turbina. Porém a matéria prima é bem mais durável. Desvantagem é o risco mesmo de acidentes, como o do Japão, e o aquecimento da água da bacia de resfriamento. Vejam como exemplo Angra dos Reis... a água do mar é bem mais quente do que o normal por causa das usinas.

Ser contra usinas nucleares é clássico, mas cite outro meio de gerar energia para o Japão ,por exemplo, que é uma ilha muito pequena, não possui rios nem espaço para fazer hidroelétricas, parques eólicos, etc... É foda! O mundo é muito dependente da energia elétrica, e gerar energia é caro ( não estou falando monetariamente )
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#4 Mr. Calibra

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Postou 15 março 2011 - 13:29

Vamos voltar a morar em cavernas.
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#5 W

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Postou 15 março 2011 - 14:02

A Alemanha esta revendo os projetos que tem hoje para futuras usinas.

No caso de regiões instáveis o risco realmente existe, não sei qual a melhor saída para o Japão, mas um desastre pode comprometer o investimento neste tipo de usina em todos os países.

Talvez exista uma forma mais segura de produzir energia através de usinas atomicas que tenha um custo maior, e que talvez tenha que ser revista.
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#6 Doutor Eduardo Thimberg

Doutor Eduardo Thimberg
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Postou 15 março 2011 - 14:19

O Puppets tem toda razão, não existe outro meio racional de obter energia em um arquipélago como o Japão. Não se esqueçam que o Japão não é a Ilha de Java ou a Ilha de Marajó, mas é a segunda maior economia do mundo. Se consome mais energia elétrica lá do que no Brasil inteiro.

Energia Nuclear é a melhor saída para gerar energia de forma limpa, não acreditem na propaganda do Green Peace e de ONGs que gostam mesmo de Hidroelétricas para poder vender uns relatórios sobre tribos indígenas inexistentes e aparecer na mídia.

Existe um mito em torno da radiação nuclear, mas o fato é que ela só se torna letal quando o ser humano é exposto diretamente à fonte radioativa, o que só acontecesse em episódios de negligência atroz (Chernobill e Goiânia, para citar dois exemplos famosos de inépcia absurda).

A relação custo/benefício em usar energia atômica no Japão é muito favorável. Não vão morrer mais pessoas expostas à radiação do que morreriam de fome sem esta fonte de energia.

Qualquer método de obtenção de energia elétrica tem seus impactos.

Usinas hidroelétricas precisam alagar área imensas, afetando flora e fauna da região. Fora que quando uma barragem rompe, os estragos são absurdos.

Turbinas Eólicas, além de baixa eficiência ( geram poucos MW ), afetam a fauna. Procurem no Youtube o vídeo "Wind turbine + bird ) e veja um exemplo do que to falando: pássaros são atraídos pelo barulho da turbina e são acertados pelas imensas pás e morrem.

Energia Solar: Custo elevado e baixa eficiência. Aplicação apenas domiciliar e mesmo assim muito limitada. Enquanto não tivermos meio de armazenar a energia de forma rápida e eficiente, a energia solar ficará muito defasada em vantagem.

Usinas térmicas consomem petróleo e/ou carvão, matérias primas não renováveis e com liberação de gases que contribuem para o aquecimento global.

As usinas nucleares usam o mesmo princípio de conversão da térmica: vapor gira a turbina. Porém a matéria prima é bem mais durável. Desvantagem é o risco mesmo de acidentes, como o do Japão, e o aquecimento da água da bacia de resfriamento. Vejam como exemplo Angra dos Reis... a água do mar é bem mais quente do que o normal por causa das usinas.

Ser contra usinas nucleares é clássico, mas cite outro meio de gerar energia para o Japão ,por exemplo, que é uma ilha muito pequena, não possui rios nem espaço para fazer hidroelétricas, parques eólicos, etc... É foda! O mundo é muito dependente da energia elétrica, e gerar energia é caro ( não estou falando monetariamente )


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#7 Ives

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Postou 15 março 2011 - 14:47

Energia nuclear é uma das melhores opções que existem, tanto em custo-benefício quanto em segurança. Imaginem quanta gente morreria se um terremoto dessas proporções ocorresse em Itaipu (não vale dizer que "argentino não é gente"...).

Talvez o acidente sirva para que melhorem ainda mais as usinas, mas elas já são muito seguras. Vejam que, em décadas de uso contínuo, foi preciso um terremoto escala 9 seguido de um tsunami para colocá-las em risco.

Na Europa e nos EUA existem outras tantas, também funcionando há décadas, sem nenhum registro de acidente sério.
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#8 Puppets

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Postou 15 março 2011 - 14:52

Sinto-me lisonjeado com o Dr.ThimThim concordando com o que escrevi, ao invés de me trucidar com argumentos muito bem escritos! :P
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#9 Puppets

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Postou 15 março 2011 - 16:00

foi preciso um terremoto escala 9 seguido de um tsunami para colocá-las em risco.

Uhauhauah, sem querer comparar as situações, mas isso me lembra do saudoso jogo SimCity. Uma das diversões era juntar todo tipo de tragédia climática na cidade. Terremoto, Furacão, Tumulto, Godzilla, etc...

Mas você tem razão. Precisou de um dos maiores terremotos já registrados mais a infeliz localização na região do tsunami para afetarem a usina. Só ver que no Japão mesmo tem mais um monte de usinas que sofreram praticamente o mesmo abalo do terremoto, mas não foram acertadas pelo tsunami, e estão sem problemas.

A falha não foi na usina e sim no sistema de segurança pelo que li. Não foi erro de procedimento, erro de programação, conceito de utilização do produto radioativo. Foi uma infeliz junção de fatos que desativou o sistema de energial de emergência.
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#10 Sanchez

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Postou 16 março 2011 - 02:40

Não preciso dizer q sou a favor da energia nuclear...

Mas com certeza o desastre em Fukushima é bem maior do que o governo admite. Os funcionários que continuam trabalhando na tentativa de minimizar os danos na Central Nuclear, já estão condenados.
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#11 Doutor Eduardo Thimberg

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Postou 16 março 2011 - 11:17

Infelizmente a elaboração da Tectônica de Placas se consolidou nos anos 70. Se na idade média já se soubesse disto, com certeza não haveriam tantas lutas pelo arquipélago japonês.

É um dos raros lugares na Terra onde temos não apenas 2 placas se movimentando entre si, mas 3. Isso faz com que a força resultante do atrito possa ter direções as mais diversas, em constraste com a costa oeste americana, por exemplo, onde já se sabe mais ou menos o padrão de deslocamento entre os blocos e suas consequências.

Pelo menos já compreendem bem a direção e sentido dos esforços que vão matar todo mundo! LOL
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#12 EwertonGSI

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Postou 16 março 2011 - 14:44

E a fusão nuclear? Já tem anos q estão estudando e ainda não conseguiram tirar dos laboratórios. No caso de acidentes, tirando uma explosão de reator, uma usina de fusão seria muito mais segura devido aos combustíveis e produtos da fusão serem menos radioativos. Agora vai ser a dinheirama pra recuperar (e se recuperar) o Japão. Se tivessem botado ai 1/2 da grana q vão gastar agora, nesses ultimos 20 anos em pesquisa já tinham essa tecnologia em plena atividade.
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#13 Ives

Ives
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Postou 16 março 2011 - 16:31

E a fusão nuclear? Já tem anos q estão estudando e ainda não conseguiram tirar dos laboratórios. No caso de acidentes, tirando uma explosão de reator, uma usina de fusão seria muito mais segura devido aos combustíveis e produtos da fusão serem menos radioativos. Agora vai ser a dinheirama pra recuperar (e se recuperar) o Japão. Se tivessem botado ai 1/2 da grana q vão gastar agora, nesses ultimos 20 anos em pesquisa já tinham essa tecnologia em plena atividade.

Não é por falta de dinheiro, porque quem dominar essa tecnologia vai ficar trilhardário. Segundo as previsões mais otimistas, ainda vai levar de 50 a 60 anos para a fusão ser comercialmente viável.
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#14 W

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Postou 16 março 2011 - 16:39

O problema é que o troço não desliga rsrs, depois de iniciado a reação já era.

Tinham quem fazer uma mega cúpula de chumbo pra tapar a usina :P
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#15 GMT

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Postou 16 março 2011 - 16:48

O problema é que o troço não desliga rsrs, depois de iniciado a reação já era.

Tinham quem fazer uma mega cúpula de chumbo pra tapar a usina :P

Gerar já gera. O problema atual é que é mais caro (em termos de energia) produzir e manter a fusão do que o que ela gera. Mas nisso é verdade, explodiria o japão inteiro mas em termos de contaminação, o que sobrou vivo, teria pouca contaminação. :P
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#16 Marcio Leal

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Postou 16 março 2011 - 16:53

pelo pouco que sei, existem materiais que cessam ou diminuem a fissão, são baseados em Boro, não entendo se ja inseriram as barras de Boro ou não nos reatores de Fukushima

Chernobil deu merda pois uma decisão humana errada, adiou a inserção das hastes de Boro, Quando inseriram era tarde demais pois o reator estava muito quente ocasionando uma explosão no exato momento da inserção do Boro.
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#17 Sanchez

Sanchez
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Postou 16 março 2011 - 22:42

Entendi q a reação q o W falou era da fusão e não de fissão.

Na fissão, o problema são os nêutrons q não param de se multiplicar. Cada átomo de urânio atingido, libera 2 nêutrons, q continuam se chocando com os átomos de urânio, criando a reação em cadeia.
As barras de boro (barras de controle) capturam esses nêutrons, controlando a reação.
Mas chega num estágio q tanto calor é liberado, q nem o encapsulamento dos elementos combustíveis, são capazes de reter o urânio e derretem, liberando material radioativo para o meio (o q aconteceu em Fukushima e Chernobyl). Nesse estágio, dificilmente tem controle, q aki no ocidente, chama-se síndrome da China, pois é tão qnte, q na teoria, continuaria derretendo o solo, até chegar lá (na China).

Este post foi editado por Sanchez: 16 março 2011 - 22:43

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#18 W

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Postou 17 março 2011 - 10:16

Segundo a Globo.com

O nível de radiação ao redor da central, onde estão alguns trabalhadores, é de 3 mil microsievert por hora, frente aos 1 mil microsievert por ano que se consideram seguros para a saúde humana.

Os helicópteros lançaram água de uma altura de 90 metros, quando o nível de radiação se situava em 4,13 milisievert por hora, segundo explicou nesta quinta-feira o ministro de Defesa japonês, Toshimi Kitazawa.
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#19 Doutor Eduardo Thimberg

Doutor Eduardo Thimberg
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Postou 17 março 2011 - 11:10

Perfeito, exceto o parágrafo final :)

A crosta da Terra já flutua sobre material radioativo, todo o material abaixo de 50 km de profundidade está sob pressão e temperatura suficientes para gerar muito material cujos átomos já estão em estado de fissão (e lá não tem barras de boro que cheguem para capturar nêutrons).

Explodir uma bomba nuclear no manto da Terra é a mesma coisa que jogar um fósforo numa fogueira acesa, não cheira nem fede, por isso jamais nenhum evento radioativo da crosta "atravessaria" para o outro lado do globo.

(Vulcões que formam ilhas como o Havaí são produtos de "pontos quentes" profundos com uma quantidade anormal de material radioativo - se não fosse a enorme radioatividade do interior da Terra, não haveriam continentes nem calor suficiente para existir vida)

Edit -> O processo de fusão nuclear requer uma pressão que eu receio que nunca será obtida pelo ser humano a ponto de unir núcleos atômicos. Só a título de curiosidade, o ser humano já conseguiu gerar a temperatura do Sol mas não chegou nem perto de arranhar a pressão necessária para fusão nuclear. Isto é o que acontece dentro de estrelas: um Hidrogênio se funde a outro formando Helio, um Helio se funde a um hidrogênio e forma Lítio, e assim vai até formar Ferro. Para passar de Fe56, só em estrelas gigantes. Todos estes processos liberam uma energia que seria aproveitável em um hipotético reator.)

Entendi q a reação q o W falou era da fusão e não de fissão.

Na fissão, o problema são os nêutrons q não param de se multiplicar. Cada átomo de urânio atingido, libera 2 nêutrons, q continuam se chocando com os átomos de urânio, criando a reação em cadeia.
As barras de boro (barras de controle) capturam esses nêutrons, controlando a reação.
Mas chega num estágio q tanto calor é liberado, q nem o encapsulamento dos elementos combustíveis, são capazes de reter o urânio e derretem, liberando material radioativo para o meio (o q aconteceu em Fukushima e Chernobyl). Nesse estágio, dificilmente tem controle, q aki no ocidente, chama-se síndrome da China, pois é tão qnte, q na teoria, continuaria derretendo o solo, até chegar lá (na China).


Este post foi editado por Doutor Eduardo Thimberg: 17 março 2011 - 11:17

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#20 Ives

Ives
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Postou 17 março 2011 - 12:34

Edit -> O processo de fusão nuclear requer uma pressão que eu receio que nunca será obtida pelo ser humano a ponto de unir núcleos atômicos. Só a título de curiosidade, o ser humano já conseguiu gerar a temperatura do Sol mas não chegou nem perto de arranhar a pressão necessária para fusão nuclear. Isto é o que acontece dentro de estrelas: um Hidrogênio se funde a outro formando Helio, um Helio se funde a um hidrogênio e forma Lítio, e assim vai até formar Ferro. Para passar de Fe56, só em estrelas gigantes. Todos estes processos liberam uma energia que seria aproveitável em um hipotético reator.)

Tim tim, o ser humano já faz fissões nucleares há algum tempo em escala de laboratório. O problema, até agora, é que ela consome muito mais energia do que produz:

http://ciencia.hsw.u...sao-nuclear.htm
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#21 MasterRey

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Postou 17 março 2011 - 13:11

Tim tim, o ser humano já faz fissões nucleares há algum tempo em escala de laboratório. O problema, até agora, é que ela consome muito mais energia do que produz:

http://ciencia.hsw.u...sao-nuclear.htm



Alem do mais vc nunca ouviu falar de Bomba de hidrogenio?
olhe isso : http://www.iter.org/sci/beyonditer
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#22 Ives

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Postou 17 março 2011 - 13:21

Opa, escrevi errado: é fusão nuclear e não "fissão". O resto está certo :)
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#23 Doutor Eduardo Thimberg

Doutor Eduardo Thimberg
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Postou 17 março 2011 - 13:47

Sim, deu pra entender. :)

Fusão nuclear já foi feita sim, mas usando altíssima temperatura e em experimentos com poucos núcleos. Para o processo se retroalimentar com a própria temperatura gerada com os processos de fusão, a entrada incial de energia é alta demais e inviável. Tudo bem que o processo gera menos lixo atômico, porém um acidente seria muito pior.

Um reator de fusão "a frio", que seria o ideal (só base do aumento de pressão) requer uma compactação do material inimaginávl.Para gerar fusão de uma massa de combustível que gere energia para, por ex, abastecer uma cidade, a tecnologia requerida é infinitamente maior do que fundir 2 átomos de H em laboratório. Não sou especialista, mas não vejo nenhum processo da engenharia terrestre capaz de fundir alguns quilos de combustível nuclear.

A vantagem da fissão é que ela funciona como o castelinho de cartas de baralho, com pouca energia (tirar uma carta da base) você consegue um grande efeito porque as cartas de cima do castelinho já tem energia potencial acumulada.
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#24 Sanchez

Sanchez
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Postou 17 março 2011 - 16:27

Perfeito, exceto o parágrafo final :)A crosta da Terra já flutua sobre material radioativo, todo o material abaixo de 50 km de profundidade está sob pressão e temperatura suficientes para gerar muito material cujos átomos já estão em estado de fissão (e lá não tem barras de boro que cheguem para capturar nêutrons). Explodir uma bomba nuclear no manto da Terra é a mesma coisa que jogar um fósforo numa fogueira acesa, não cheira nem fede, por isso jamais nenhum evento radioativo da crosta "atravessaria" para o outro lado do globo.(Vulcões que formam ilhas como o Havaí são produtos de "pontos quentes" profundos com uma quantidade anormal de material radioativo - se não fosse a enorme radioatividade do interior da Terra, não haveriam continentes nem calor suficiente para existir vida)Edit -> O processo de fusão nuclear requer uma pressão que eu receio que nunca será obtida pelo ser humano a ponto de unir núcleos atômicos. Só a título de curiosidade, o ser humano já conseguiu gerar a temperatura do Sol mas não chegou nem perto de arranhar a pressão necessária para fusão nuclear. Isto é o que acontece dentro de estrelas: um Hidrogênio se funde a outro formando Helio, um Helio se funde a um hidrogênio e forma Lítio, e assim vai até formar Ferro. Para passar de Fe56, só em estrelas gigantes. Todos estes processos liberam uma energia que seria aproveitável em um hipotético reator.)

De fato, o material não atravessaria o globo, mas é um termo comum usado para acidentes em reatores nuclear.

Procure o termo no google ou veja no wikipédia:

http://en.wikipedia..../China_Syndrome

Na minha opinião, deveriam jogar chumbo em vez de água nos reatores de Fukushima, de preferência em esferas. A temperatura da reação se encarregaria em derreter o chumbo e criar uma barreira contra a radiação e depois concretar tudo.

Os caras do helicóptero, já podem pedir aposentadoria, com esse nível de radiação, não vai demorar para desenvolverem leucemia.
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#25 Ives

Ives
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Postou 17 março 2011 - 16:49

Os caras do helicóptero, já podem pedir aposentadoria, com esse nível de radiação, não vai demorar para desenvolverem leucemia.

Mesmo se estiverem com roupa de proteção?... :huh:
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#26 Sanchez

Sanchez
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Postou 17 março 2011 - 16:55

A roupa não protege contra a radiação, só contra a contaminação.

"LIMITES DE DOSES OCUPACIONAIS
Norma CNEN-NE.3.01 de julho de 1988

�� Limites Primários

A dose equivalente anual máxima para quaisquer órgãos ou tecidos é 0,5 Sv/ano, que representa metade da dose limiar para efeitos biológicos determinísticos nos órgãos mais radiossensíveis, com exceção do cristalino dos olhos, para o qual o limite é 0,15 Sv/ano.
Para os efeitos estocásticos, o limite de dose efetiva é 0,05 Sv/ano. Este valor corresponde a um risco de morte para o trabalhador de 5 x 10-4 por ano, que é similar ao risco a que estão expostos trabalhadores em outros ramos de atividade."


Em fukushima o nível de radiação é de 3~4 Sv/hora

Este post foi editado por Sanchez: 17 março 2011 - 17:03

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#27 Marcio Leal

Marcio Leal
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Postou 17 março 2011 - 17:11

Em fukushima o nível de radiação é de 3~4 Sv/hora


Não seria 3000 a 4000 Sv/hora?
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#28 Sanchez

Sanchez
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Postou 17 março 2011 - 17:52

Segundo a Globo.com

O nível de radiação ao redor da central, onde estão alguns trabalhadores, é de 3 mil microsievert por hora, frente aos 1 mil microsievert por ano que se consideram seguros para a saúde humana.

Os helicópteros lançaram água de uma altura de 90 metros, quando o nível de radiação se situava em 4,13 milisievert por hora, segundo explicou nesta quinta-feira o ministro de Defesa japonês, Toshimi Kitazawa.

Márcio, na verdade seria 0,003 Sv/h.

Este post foi editado por Sanchez: 17 março 2011 - 18:02

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#29 Sanchez

Sanchez
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Postou 17 março 2011 - 18:06

Usando o google, encontrei 0,4 Sv/h. Mas não diz em q momento foi isso. Os níveis de radiação estão oscilando. Mas já passaram do nível prejudicial a saúde. Sendo q a taxa está por hora, enqnto os níveis da norma, estão por ano.
http://extra.globo.c...io-1310165.html

Este post foi editado por Sanchez: 17 março 2011 - 18:11

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#30 Doutor Eduardo Thimberg

Doutor Eduardo Thimberg
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Postou 17 março 2011 - 23:39

De fato, o material não atravessaria o globo, mas é um termo comum usado para acidentes em reatores nuclear.

Procure o termo no google ou veja no wikipédia:

http://en.wikipedia..../China_Syndrome

Na minha opinião, deveriam jogar chumbo em vez de água nos reatores de Fukushima, de preferência em esferas. A temperatura da reação se encarregaria em derreter o chumbo e criar uma barreira contra a radiação e depois concretar tudo.

Os caras do helicóptero, já podem pedir aposentadoria, com esse nível de radiação, não vai demorar para desenvolverem leucemia.


Heheheh uma couraça dessta de chumbo custaria mais do que a Usina inteira.

1 segundo = 1 hora neste vídeo

http://www.youtube.com/watch?v=xylDxj6-9dY
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