Brasil Fazendo Bomba Atômica?!?
#1
Postou 12 maio 2010 - 14:36
Às vésperas da visita do presidente Lula ao Irã, pesquisador alemão Hans Rühle divulga suspeita de que o Brasil teria programa nuclear "paralelo".
Entre brasileiros comuns, que andam pelas ruas e assistem à televisão, a ideia de construção de uma bomba atômica soa improvável. Mas não para um pesquisador que acompanha o desenrolar político brasileiro de fora do país.
No início do mês, um artigo do alemão Hans Rühle aguçou o debate sobre a proliferação de armas atômicas. Num longo texto em que revisita episódios da história da ditadura militar e reproduz depoimentos de autoridades brasileiras importantes – como o presidente Lula –, Rühle diz que o Brasil pode estar, sim, desenvolvendo uma bomba atômica às escondidas.
A opinião publicada na revista alemã Internationale Politik, do Conselho Alemão de Relações Internacionais, repercutiu na Europa.
A Deutsche Welle conversou com o pesquisador, ex-diretor do departamento de planejamento do Ministério alemão da Defesa e especialista em questões de armamento.
Deutsche Welle: Em quais fatos o senhor se baseou para escrever o artigo?
Hans Rühle: Primeiro, é preciso lembrar que o Brasil teve três diferentes programas nucleares entre 1975 e 1990. Eles acabaram, mas não está claro o que aconteceu com eles. E constato que, desde 2003, há desenvolvimentos difíceis de interpretar.
Por um lado, o Brasil é membro do Tratado de Não-Proliferação. Por outro, os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica se deparam com grandes obstáculos quando querem inspecionar o território. O país também se recusa a permitir controles de centrais nucleares não declaradas oficialmente.
E também é preciso dizer que o Brasil tem um programa de submarino nuclear que também está vedado aos inspetores. Sabemos que o grau de enriquecimento de urânio desse tipo de programa permite a construção de armas atômicas.
Mas o Brasil é um signatário do Tratado de Não-Proliferação...
Este é o problema: o Brasil não assinou o protocolo adicional do acordo, que amplia os poderes de controle da agência. Acho que só 4 ou 5 países não assinaram o acordo, entre os quais o Brasil. (nota do editor: o acerto adicional foi assinado por 98 países).
Esse protocolo autoriza o livre acesso a todos os locais de atividade nuclear, a qualquer hora, sempre que houver uma suspeita, de modo que os inspetores possam investigar todas as instalações. Os brasileiros não assinaram esse protocolo, o que significa que as autoridades de Viena só podem visitar as instalações declaradas.
Mas o presidente Lula já disse várias vezes que o Brasil não assinará essa parte do tratado.
Estamos falando de um país democrático, com uma Constituição que proíbe o uso de armas nucleares.
Essa proibição está numa Constituição de 1988, formulada por um governo anterior à presidência de Lula. E ele já deixou claro que não concorda com as decisões então tomadas, nem com a assinatura do Tratado de Não-Proliferação, nem com a proibição constitucional de armas atômicas.
Além disso, a Constituição não permite a construção de armas atômicas, mas autoriza as chamadas "explosões nucleares pacíficas", que, no fundo, não são muito diferentes de explosivos nucleares. São diferentes só no nome.
O melhor exemplo disso é a Índia, que nesse caso serve de modelo para o caso brasileiro. Em 1974, a Índia realizou uma dessas explosões e a declarou como pacífica. Hoje sabemos dos próprios indianos do que se tratava de fato. O responsável pela operação afirmou, 23 anos depois: "Claro que foi uma bomba, e de forma alguma pacífica".
Além do mais, a Constituição brasileira permite ser contornada.
Mas você disse em seu artigo que não há provas concretas de que o Brasil esteja construindo uma bomba. Quão grande é o risco de que isso seja verdade?
Essa questão de evidências sempre é difícil. Podemos fazer uma comparação entre Brasil e o Irã. Sabemos mais sobre o Brasil do que sobre o Irã. Citei o vice-presidente argentino, que há um ano disse que o país precisa de armas nucleares. No Irã, isso jamais foi dito por líder algum. Ou seja, no caso brasileiro, estamos significativamente à frente.
Temos um conhecimento relativamente reduzido sobre as instalações brasileiras. Mas sabemos que o Brasil tem possibilidades infinitamente maiores no que diz respeito ao processo nuclear. O país já faz isso há 30 anos e domina todas as etapas do processo.
Não foi à toa que citei os institutos americanos de Los Alamos e Livemore, segundo os quais o Brasil, se quiser, pode construir armas nucleares em três anos.
Não posso dizer, no caso brasileiro, quando isso vai acontecer, pois não sei quando o programa começou. Aliás, provavelmente ninguém sabe, a não ser os brasileiros.
Entrevista: Christina Krippahl (np)
Revisão: Simone Lopes
Fonte: DW-World.de
Será?
#2
Postou 12 maio 2010 - 15:10
O que de mais irresponsável - e imbecil - que existe é a política externa de "nossos companheiros" que estão no governo. Adulam os terroristas (Irã, Sudão, FARC) e os ditadores (Bolívia, Venezuela, Equador, Cuba) e negem-se a condenar o Irã por conta de seu programa nuclear. O mundo inteiro condena (até China e Russia!), mas nosso presidente desmiolado insiste em passar a mão na cabeça do Ahmadinejad. Mesmo sabendo que o dito cujo nega a existência do holocausto e diga, com todas as letras, que seu objetivo é varrer Israel do mapa. Sem dúvida, o Irã não significa perigo algum para o mundo. Já Honduras... Xô, PT!
#3
Postou 12 maio 2010 - 17:46
#4
Postou 12 maio 2010 - 23:12
Se o Ahmadinejad é terrorista eu não sei, mas se ele deseja implementar um programa nuclear, o irã é soberano para isso. O EUA se metem nas guerras dos outros, usaram a bomba atômica e ninguém fala nada.
#5
Postou 13 maio 2010 - 17:01
Inspeções são necessárias já que os países ratificaram os tratados de não proliferação nuclear.
O Brasil tem a tecnologia para fazer a bomba nuclear..... saber fazer é uma coisa, ter um estoque é outra.
O Brasil já deu abertura para inspeções nesse sentido.
Contudo certas potências novamente querem fazer inspeções alegando produção de bombas quando na verdade querem inspecionar tecnologias nossas.
Lembram quando foi anunciado uma tecnologia revolucionária? Que o Brasil havia produzido uma centrífoga eletromagnética para enriquecer urânio?
Então....
Foi por isso que quiseram fazer N inspeções no Brasil hehehe...
Uma coisa é inspecionar para ver se produzem armas.... outra é inspecionar para pegar emprestado algumas tecnologias =)
#6
Postou 14 maio 2010 - 00:56
#7
Postou 16 maio 2010 - 20:53
O Irã já deveria ter sido invadido e seu ditadorzinho de merda sido fuzilado à muito tempo. Aliás, muito mais justificado seria reduzir o Irã a cinzas do que ter invadido o Iraque, já que a motivação daquela época era uma picuinha do Bush-Pai. Agora sim, que seria o caso de dar um fim naquele babaca, os EUA não tem mais moral para fazer a coisa certa pois já queimaram o cartucho inutilmente.
#8
Postou 16 maio 2010 - 22:21
Se o Ahmadinejad é terrorista eu não sei, ...
UM presidente que nega a existência do holocausto e afirma querer varrer outro país do mapa é o quê? Se o Obama fizesse uma afirmação dessas, ah... Haveria dezenas de posts aqui afirmando que os EUA são um país terrorista...
#9
Postou 16 maio 2010 - 23:15
Quero ver q manobra vão fazer pra inspecionar paises como alemanha e frança qdo a tecnologia de fusão nuclear estiver pronta e operando.
#10
Postou 16 maio 2010 - 23:47
Quem viver verá.
#11
Postou 19 maio 2010 - 03:16
Deixar um nó-cego semi-analfabeto e fanático religioso (argh) como o presidente do Irã (o qual já declarou que pretende a extinção de outro país) construir bomba atômica e ainda achar que isso é uma questão de "soberania" só podia mesmo passar pela cabeça de um Celso Amorim e demais débeis-mentais que controlam a política externa brasileira.
Bem, não me chamo Celso nem tão pouco controlo a política externa brasileira. Portanto não vou considerar que me chamou de débio-mental rs
Um presidente que nega a existência do holocausto e afirma querer varrer outro país do mapa é o quê?
Um idiota, maluco, mas não um terrorista.
Fabricar uma bomba nuclear pode ser também para "defesa", como um "super-trunfo", no caso de alguma "super-potência" pensar que deva invadir o país a procura de algo... como já vimos anteriormente.
Eu acho que só a Rússia e os EUA deveriam ter a bomba atômica. O equilibírio estava dado pelo efeito cagaço. Agora, bomba-H virou arroz de festa e o perigo é muito maior do que na época da Cold War.
Não acho que ninguém deveria ter a bomba atômica. Deveriam começar sucateando as existentes antes de cobrar que os outros não as fabriquem.