Única Sobrevivente De Queda De Avião Fala Sobre A Tragédia
#1
Postou 22 fevereiro 2010 - 13:48
Para sobreviver, ela passou 15 horas agarrada a um pedaço da fuselagem.
Do G1
Em meados do ano passado, um avião com 153 pessoas a bordo caiu no litoral africano e só uma pessoa sobreviveu. Bahia Kassim tinha 12 anos quando foi resgatada do Oceano Índico, onde o avião em que viajava com outras 152 pessoas - inclusive a mãe dela - se espatifou.
A menina, agora com 13 anos, aos poucos recupera o sorriso. Bahia vive na periferia de Paris, com o pai e os três irmãos menores.
Bahia e a mãe, Aziza, iam ao casamento de um parente nas Ilhas Comores, na costa leste africana. O pai de Bahia, lixeiro, conta que decidiu dar a viagem à filha mais velha como um prêmio pelas boas notas na escola.
“Como não tinha dinheiro para toda família, decidi enviar apenas as duas. E eu fiquei em casa, com as crianças” conta o pai, Bakari Kassim.
Primeira viagem
A adolescente ia conhecer a terra dos pais, que migraram para a França na década de 80. Praticamente, era sua primeira viagem de avião. “Viajei uma vez quando era pequena, mas nem lembrava mais”, diz Bahia.
A viagem começou em Paris. Em Sanaa, capital do Iêmen, mãe e filha trocaram de aeronave e embarcaram em um airbus 310 da Yemenia, a principal companhia aérea do Iêmen, rumo às Ilhas Comores.
Mesmo inexperiente em viagens aéreas, Bahia percebeu que o segundo avião tinha algo de errado. Ela não se sentiu à vontade no voo 626 da Yemenia.
“Dos banheiros vinha um mau cheiro e tinha até moscas a bordo”, lembra Bahia. A menina trocou de lugar com outro passageiro para ficar ao lado da mãe e sentou-se junto à janela. “Eu não estava no lugar onde deveria estar”, conta.
Quatro horas depois de decolar, o avião se aproximou do aeroporto de Moroni, a capital do arquipélago de Comores. As aeromoças pediram para apertar os cintos. Através da janela, Bahia enxergou as luzes da cidade. Eram 3h40 da madrugada de 30 de junho.
Estrondo
De acordo com as investigações feitas pelas autoridades da França, do Yêmen e de Comores, ventos fortes atingiam a região. “Neste momento, quando descíamos, eu senti o avião tremer. Achei que isso não era normal. E olhei para a minha mãe”, lembra Bahia. De repente, um estrondo. Bahia sente um choque, como uma descarga elétrica no corpo, e desmaia.
Ela acorda no mar, na escuridão do Oceano Índico. “No início, ouvia vozes de mulheres que gritavam ao meu redor”, conta. Atordoada, Bahia dorme agarrada a um pedaço da fuselagem do Air Bus. Quando desperta, não há mais vozes.
Ainda confusa, a menina acha que somente ela caiu do avião. Imagina que tenha despencado pela janela e acredita que todos os demais passageiros estão no aeroporto, à sua espera. Parece um pesadelo. "Na minha cabeça, minha mãe estava preocupada, perguntando por mim. Naquele momento, eu só queria encontrá-la", diz Bahia.
Só sei que agarrei um pedaço da fuselagem e que dormi em cima. E não larguei mais”. "
As buscas começaram imediatamente. Equipes de resgate, da França e de Comores, sobrevoaram o oceano à procura dos destroços.
Bahia passou 15 horas à deriva, engolindo àgua salgada misturada com querosene do avião. “Mesmo tentando fechar a boca, de vez em quando, entrava água” conta a jovem.
Ao responder como ela fez para não se afogar, Bahia afirmou: “Só sei que agarrei um pedaço da fuselagem e que dormi em cima. E não larguei mais”.
Esperança
Enquanto isso, na França, o pai de Bahia esperava, angustiado, por notícias. “Confesso que já tinha perdido as esperanças” admite Bakari.
Bahia também achava que não seria encontrada. Mas um barco pesqueiro localizou a menina. "De repente, escutei a voz de um homem me chamando”, ela lembra.
A jovem estava tão fraca que não conseguia responder. Ela foi resgatada e levada de barco à terra firme. O pai só acreditou quando viu a filha no hospital. “Fiquei dividido, porque perdi a mãe dela... Era tristeza de um lado, mas alegria do outro”, revela Bakari .
Bahia teve queimaduras no rosto, nas pernas, quebrou a clavícula e o quadril. Como é que um ser humano pode sobreviver a um acidente aéreo e passar 15 horas em condições extremas?
Ela conseguiu passar por alguma fresta do avião, por algum buraco da fuselagem que não a levou para baixo do oceano.
“Ou ela, instintivamente, soltou o cinto ou ela estava sem o cinto, porque ela também não afundou com a poltrona”, explica Agnaldo Pispico, da Sociedade de Cardiologia de São Paulo.
Não recebemos indenização alguma. Mas não esperamos nada da empresa. Continuamos nossas vidas, pois mesmo que eles nos deixassem ricos agora, nada substituiria a falta que faz a mãe dos meus filhos.” "
A água provavelmente não estava muito gelada.
“Ela teve sorte, de estar com a sua maior superfície do corpo fora da água, só ficando as pernas. Ela perdeu pouco calor”, diz o médico. Assim, a adolescente evitou a hipotermia, o choque térmico causado pelo frio.
Ainda importante no caso da sobrevivente é que ela não teve sangramentos importantes. Não teve hemorragia interna.
O Air Bus 310 era uma das piores aeronaves de uma companhia de sucatas. Há três anos, a Yemenia foi reprovada em uma inspeção e ficou proibida de voar na Europa. A caixa preta foi encontrada no Oceano Índico, mas as investigações, até hoje, não chegaram a uma conclusão.
“Não recebemos indenização alguma. Mas não esperamos nada da empresa. Continuamos nossas vidas, pois mesmo que eles nos deixassem ricos agora, nada substituiria a falta que faz a mãe dos meus filhos”, revela o pai da jovem.
Pesadelo
Ao responder se Bahia tem pesadelos, a menina diz que tinha no início, mas agora passou. E sente muitas saudades da mãe: “A última lembrança que tenho é do cansaço da minha mãe, preparando a viagem, os presentes. Eu não tenho mais a minha mãe, isso é fato. Mas meu caráter e minha personalidade penso que isso não mudou, não. Nem minha maneira de agir”.
Depois de pensar um pouquinho, ela completa: “Bem, tudo muda um pouco, sim”.
Oito meses depois da tragédia, Bahia tenta reconstruir a vida. Sorridente, diz que continua sendo uma boa aluna. E o pai confirma. Ao responder se ela seria uma boa filha também, ele diz, mantendo o tom de brincadeira: “Isso eu já não sei, não”.
E o que a sobrevivente de uma tragédia aérea espera do futuro? “Continuar meus estudos, me tornar médica, poder curar”, diz Bahia.
Bahia responde por que ela acha que Deus apontou o dedo para ela, no meio de 153 pessoas: “Não tenho a menor idéia”.
Um livro sobre a incrível história de Bahia foi lançado na França. “Naquele avião morreu muita gente. Mas Bahia está aqui. Ela é como um símbolo. Por isso aceitamos dar esta entrevista, para que pais e filhos brasileiros percebam que enquanto há vida, há esperança”, afirma o pai Bakary.
#2
Postou 23 fevereiro 2010 - 15:52
Desde quando uma criança de 13 anos se comunica verbalmente desta maneira?
Entrevista montada no Winword.
#3
Postou 23 fevereiro 2010 - 15:55
#4
Postou 23 fevereiro 2010 - 16:15
Utilidade zero.
Acidente de avião é binário: ou todo mundo toma no cu ou então não acontece nada com ninguém. Um avião comercial dificilmente bate em alguma coisa a menos de 300 km/h. Um cintozinho de segurança abdominal (o mais fajuto que tem) só pode ter a "utilidade" de deixar o cara preso na poltrona sem conseguir emergir em caso de água ou fugir em caso de fogo.
Fico imaginando os caras que caíram de 37.000 pés de altura no acidente da GOL. Mesmo se o avião estivesse parado quando a poltrona saiu voando de dentro do charuto, teríamos:
v² = vo² + 2gh
v² = 2*9,8*11278
v² = 221049
v = 470 m/s
v = 1692 km/h
A poltrona chegou ao chão quase a 1700 km/h! Já pensou se a galera do avião estivesse sem o cinto? Aposto que teriam morrido todos.
Edit -> Unidade errada
Este post foi editado por Doutor Eduardo Thimberg: 23 fevereiro 2010 - 16:21
#5
Postou 23 fevereiro 2010 - 16:26
Os aviões chegam a perder 100-200 metros de altitude em questão de segundos, e sem o cinto, os passageiros batem a cabeça violentamente no teto, podendo sofrer machucados sérios.
Minha mãe era comissária da Varig, e cansou de presenciar cenas como esta.
#6
Postou 23 fevereiro 2010 - 16:28
#7
Postou 23 fevereiro 2010 - 16:39
Você não é mais amigo do Puppeto ou ele não é mais seu amigo???Aí pessoal, vocês que são amigos do Puppets, tomem cuidado com as súbitas quedas de altitude: vocês podem ficar com a cabeça colada no teto do avião, por motivos óbvios.
#8
Postou 23 fevereiro 2010 - 22:00
óteeemaa
#9
Postou 24 fevereiro 2010 - 01:14
Aí pessoal, vocês que são amigos do Puppets, tomem cuidado com as súbitas quedas de altitude: vocês podem ficar com a cabeça colada no teto do avião, por motivos óbvios.
AS leis da física se aplica a todos , nao adianta ter um amigo a menos aqui no ccb, daqui apouco vc vai ficar sem nenhum.
#10
Postou 24 fevereiro 2010 - 11:29
AS leis da física se aplica a todos , nao adianta ter um amigo a menos aqui no ccb, daqui apouco vc vai ficar sem nenhum.
Juro que não consegui entender seu post.
#11
Postou 24 fevereiro 2010 - 12:14
#12
Postou 24 fevereiro 2010 - 12:26
As leis que regem a física newtoniana são iguais para todos os corpos, reduzir o Puppeto da sua lista de amigos não reduzirá nem 1*10^-100 a probabilidade de vossa senhoria ter alguma fratura craniana em decorrência de um solavanco na aeronave.
Reduzir o numero de amigos só mostraria seu desapego social.
#13
Postou 24 fevereiro 2010 - 13:09
#14
Postou 24 fevereiro 2010 - 13:12
#15
Postou 24 fevereiro 2010 - 13:20
Mas ela realmente está muito mal feita, eu também não havia entendido até ter a explicação.
Master, vê se melhora assim:
Aí pessoal, vocês que são amigos do Puppets, tomem cuidado com as súbitas quedas de altitude: vocês podem ficar pendurados pela cabeça no teto do avião, por motivos óbvios.
#16
Postou 25 fevereiro 2010 - 14:20
Vocês já forão melhores nisso. Vou começar a por gabarito nas piadas.
#17
Postou 25 fevereiro 2010 - 14:42
E eu vou começar a colocar um corretor ortográfico nos seus posts. Você já foi melhor nisso.O Murillo entendeu.
Vocês já forão melhores nisso. Vou começar a por gabarito nas piadas.
#18
Postou 25 fevereiro 2010 - 15:07
#19
Postou 25 fevereiro 2010 - 15:53
#20
Postou 25 fevereiro 2010 - 22:23
Que traste.
Mas comporte-se, Puppets. Aposto 150.000 reais que eu acho mais erros nos seus textos do que você nos meus.
(Edit not allowed)
Este post foi editado por Doutor Eduardo Thimberg: 25 fevereiro 2010 - 22:24
#21
Postou 26 fevereiro 2010 - 06:45
1- Não tenho esta grana
2- Tenho certeza que meus textos possuem mais erros, mesmo que do tipo "internetês": vc, naum, kd, etc
3- Você errou! Admita! huahauha
#22
Postou 27 fevereiro 2010 - 08:35
Admitir jamais!
Quanto ao fato único na história, não foi: quando o avião da JAL caiu no Japão morreram mais de 500 pessoas e ficou só uma menina viva. Se não me engano, essa menina virou cantora ou atriz quando cresceu.
#23
Postou 27 fevereiro 2010 - 10:05
#24
Postou 28 fevereiro 2010 - 06:11
#25
Postou 28 fevereiro 2010 - 11:15
O piloto pousou com segurança, mas o incêndio e a fumaça mataram quase todos.
Link no AirDisaster.com
#27
Postou 28 fevereiro 2010 - 12:10
Um realmente o cidadão conseguiu pousar e o outro simplesemente sumiu, que é o que que o Puppets está falando. Um dos mais estranhos da história, ele teoricamente caiu em um lugar não tão fundo e ninguém nunca achou nada, possibilitando todo tipo de teoria conspiratória.
#28
Postou 28 fevereiro 2010 - 14:43
Destes sobreviventes, a maioria era tripulação, passageiro mesmo só 1. As comissárias e pilotos que sobreviveram eram conhecidos da minha mãe ( os que morreram também ), e a história que eles contam é bem diferente da publicada na imprensa
#29
Postou 28 fevereiro 2010 - 15:26
Quanto aa historia diferente contada pela imprensa, refere-se a qual dos acidentes, Puppeto? Imagino deva ser a do 737, pois a historia conhecida eh muito esquisita... O piloto errar a rota e ficar sem combustivel podia funcionar no inicio do seculo XX, mas na decada de 80 eh bem suspeito.
#30
Postou 28 fevereiro 2010 - 21:28